Manicongo \ma.ni.kɔ̃.ɡo\ masculin
Viennent ensuite les pays situés dans la langue de terre d’Afrique, qui s’étend au nord & au sud, comme le Manicongo, Angola, &c. depuis le second degré de latitude nord, jusqu’au tropique du capricorne ; car le royaume de Congo commence au second degré de latitude sud.— (« ZONE », dans Denis Diderot, Jean Le Rond d’Alembert, L’Encyclopédie, 1751 → consulter cet ouvrage)
Mani, ce mot dans la basse Guinée veut dire le seigneur, le roi de Congo. Quelques auteurs, faute de savoir la signification du mot mani, ont fait du Congo & du Manicongo deux états de la basse Guinée différens l’un de l’autre.— (« MANI », dans Denis Diderot, Jean Le Rond d’Alembert, L’Encyclopédie, 1751 → consulter cet ouvrage)
Manicongo \Prononciation ?\ masculin
No ãno de mil e quatrocentos e oitenta e cinco desejando el-rey o descubrimento da India e Guinee, que o infante Dom Anrrique seu tio primeyro que nenhum principe da christandade começou, mandou no dito anno sua frota aa dita costa armada e provida pera muito tempo como cumpria, e por capitão-moor della mandou Diogo Cão cavaleiro de sua casa, que outra vez ja lá fora por seu descubridor. O qual yndo polla dita costa com assaz perigo e trabalho, foy ter com a dita armada ao Rio de Manicongo que he hum dos grandes que no mundo se sabe d’agoa doce, que he de largo duas legoas, e d’alto em toda a boca e muyto dentro setenta braças, e dizem que entra pollo sertão trezentas legoas, e que traz tanta força que pollo mar faz corrente ao longo da costa cincoenta legoas.— (Garcia de Resende, Vida e Feitos D’El-Rey Dom João Segundo, 1545)
No ãno de mil e quatrocentos e noventa e dous estando el-rey na cidade de Lisboa lhe veyo recado como el-rey de Manicongo muito grande rey e senhor, em Guinee e muyto alem da Mina era feyto christão; e de como se fez, e seu reyno e terra se descubrio foy na maneira seguinte.— (id.)
E sendo ja prestes a frota pera yr ao dito reino de Congo, el-rey mandou por seu embaixador ao dito rey de Manicongo Gonçallo de Sousa fidalgo de sua casa e capitam-mor da frota que em ajuda do dito rey tambem enviava e com elle o dito Dom Joam da Silva embaixador, e em sua companhia muitos frades da ordem de Sam Francisco e alguns deles bons letrados e de boa vida.— (Garcia de Resende, Vida e Feitos D’El-Rey Dom João Segundo, 1545)